1900
André Citroën
Em 1900, André Citroën é graduado pelo mais famoso colégio de engenharia da França, a Escola Politécnica de Paris. Dois anos mais tarde, com apenas 22 anos, durante uma viagem à Polônia, André Citroën descobre o processo de corte de engrenagens em forma de chevron com um funcionamento mais suave, silencioso e eficientes na transmissão de força. Usando o aço como matéria prima e investindo todo o seu dinheiro André inicia a história de uma das maiores empresas do setor automobilístico do mundo. Em 1906, a Mors, uma fábrica de carros sediada em Paris, famosa por bater recordes de velocidade no início do século, convida André Citroën para o cargo de diretor geral da empresa para recuperá-la. Ele reorganiza as oficinas e define novos modelos. Seus conhecimentos em organização e eficiência logo começaram a dar resultados e em dez anos, André Citroën consegue duplicar a produção anual da Mors.
1910
Em 1912, a sociedade Citroën-Hinstin, se transforma em uma sociedade anônima das engrenagens Citroën. No mesmo ano, numa viagem aos Estados Unidos, Citroën visita as fábricas de Henry Ford e se familiariza com os princípios de organização do trabalho nas oficinas. Com o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, André Citroën é convocado para o regime de artilharia e mandado para a linha de frente. A falta de munição, forçava o exército francês a economizar balas. Percebendo isso André enxergou a possibilidade de usar o que havia aprendido e acreditava ser possível produzir 10 mil cápsulas de munição por dia. Após três anos uma fábrica de cápsulas foi montada superando sua meta inicial e atingindo o volume de 50.000 peças por dia.
1920
Com a guerra chegando ao fim, uma nova oportunidade surgiu: transformar a fábrica de munições em uma fábrica de carros. Decidido a produzir um modelo simples e com forte apelo popular, Citroën revolucionou o mercado ao apresentar o Type A 10CV. Fabricado com técnicas de produção em série, o Type A foi lançado com carroceria completa, incluindo quatro rodas de metal estampadas com pneus, estepe, dois faróis e um motor elétrico de partida. A empresa passa a ser a primeira na Europa a construir carros em linha de produção baseadas no modelo fordiano. Devido ao sucesso dessa nova forma de produção, as demais fábricas automotivas, antes acostumadas a produzir e vender chassis sem carrocerias que eram montados em rodas sem pneus, se viram forçadas a seguir esse novo modelo. O Type A 10CV foi o primeiro de uma longa série de novos modelos, cada um incorporando importantes avanços tecnológicos. O 5CV, por exemplo, apresentado no Salão de Paris de 1921 e logo apelidado de Trèfle (trevo), foi o primeiro carro realmente popular. Em 1924, No Salão de Paris, André Citroën apresentou o B10 All Steel (todo de aço), que revolucionou a produção industrial de carrocerias por ser o primeiro veículo a não possui partes de madeira em sua base. O processo de produção foi desenvolvido pela empresa americana Budd, mas os fabricantes norte-americanos relutavam em aplicá-lo por considerá-lo moderno demais. Nesse período, a marca lançou importantes modelos como o B12, o B14, o C4 e o C6, com motores de quatro e seis cilindros.
1930
A invenção do motor flutuante em que colocado sobre lâminas de borracha evitam que vibrações sejam transmitidas ao carro desenvolvido em 1932, conquistou a imaginação de André Citroën, que comprou a licença exclusiva de sua utilização na Europa. No Salão do Automóvel de Paris, de outubro de 1932, os modelos C4 e C6 foram substituídos pelos modelos 8, 10 e 15, já usando a nova tecnologia. Os Rosalies, como ficaram conhecidos popularmente, bateram inúmeros recordes internacionais no autódromo de Linas-Montlhéry. Mesmo sob os efeitos da crise econômica que sacudiu a América, André Citroën se manteve fiel às suas teses – aumentar a produção e baixar os preços. Um novo projeto que se tornaria um marco na história automotiva: o Traction Avant, no atelier do Engenheiro André Lefebvre foi lançado em 1934. Um ano antes da produção do Traction Avant a produção anual já atingia 71.472 veículos. Em 3 de julho de 1935, André Citroën morre aos 57 anos.
1940
Com o falecimento de André Citroën, Pierre Michelin e Pierre Boulanger, compram a empresa e continuaram administrando a fábrica de Javel. Com muitos trabalho, a Citroën retornou ao ranking dos maiores fabricantes de veículos. Ignorando as regras baixadas pelas forças de ocupação, os engenheiros da Citroën continuaram a trabalhar secretamente durante a guerra, modificando o projeto do 2CV e desenvolvendo a van que substituiria o TUB.
1950
Robert Puiseux, sobrinho de Edouard Michelin, assumi o comando da Citroën e dá novo impulso ao projeto de substituir o Traction Avant. Em 1955, o modelo DS foi revelado no Salão de Paris. O novo Citroën estava sendo aguardado há muito tempo, mas o projeto foi mantido em sigilo. Com sua aparência e design original, o DS fazia com que as pessoas parassem para observar. Equipado com freios assistidos e discos nas rodas dianteiras, direção hidráulica e uma caixa semi-automática. Sucesso absoluto, 749 pedidos de DS foram feitos em menos de 45 minutos. Em um dia, mais de 12 mil carros foram vendidos.
1960
A suspensão hidropneumática de carga constante, lançada inicialmente no eixo traseiro do último modelo 15 Six, criou novos padrões de conforto e eficiência. Em 1962, Esse sistema salvou a vida do general Charles de Gaulle durante um atentado em Petit-Clamart.Apesar de um pneu estourado, o motorista do DS presidencial manteve o controle do carro e seu passageiro em segurança. Entusiasta da Citroën desde seu exílio em Londres, durante a Segunda Guerra Mundial, o general Charles de Gaulle apreciava principalmente o Traction Avant e o DS.
1970
A Citroën continuou buscando novos caminhos. Baseados no 2CV, surgiram o Dyane, Méhari e Ami 8. Ainda em 1970, a Citroën revelou o SM, um coupé cujas linhas sólidas de estilo o transformaram em referência. O novo carro recebeu um motor Maserati V6, suspensão hidropneumática, quatro freios a disco assistidos e direção hidráulica com assistência de retorno do volante, de acordo com a velocidade do veículo. O SM era um automóvel de série com velocidade final acima de 200 km/h.
1980
Três anos depois, o modelo GSA foi substituído pelo BX, mostrado no Salão de Paris de 1982. Coincidindo com o lançamento desse novo veículo, a Citroën deixou sua sede no cais de Javel, mudando-se para Neuilly, em Paris. Começa aqui o plano de recuperação de mercado com base no BX, um automóvel com suspensão hidropneumática e excepcional comportamento dinâmico.
1990
Revelado como sucessor do CX, o XM ganhou o título de Carro do Ano. Equipado com o Hydractive, primeiro sistema de suspensão hidropneumática instalado em um automóvel de série, esse símbolo da Citroën chega ao mercado com as opções de motor a gasolina ou a diesel. Em 1991, é lançado o ZX, revelando toda a criatividade e tradição da Citroën. O novo automóvel foi equipado com sistema convencional de suspensão e um eixo traseiro autodirecional, o que lhe conferia vantagens sobre todos os seus concorrentes diretos em termos de dirigibilidade.
2000
Em 2001, a Citroën rompe com seu estilo e apresenta ao mercado mundial o inovador C5. Um veículo que além de incorporar todas as vantagens de um sedan, representava um passo adiante na direção de um projeto estrutural novo e no uso racional do amplo espaço interno. Desenvolvido pelo Centro de Estilo da Citroën, em Velizy (região de Paris), o C5 é um carro que marca presença com detalhes que lembram força, vitalidade e robustez. Tecnologia como a suspensão auto-adaptativa Hydroactive 3 Plus, sistema elétrico multiplexado, câmbio automático inteligente, entre outros fazem parte do veículo. Alguns meses depois, chega ao mercado o C5 Break, versão station-wagon do sedan, oferecia, além do estilo e tecnologia, o maior porta-malas da categoria.Lançamentos como o C1, C2, gama C3, gama C4, os monovulmes Xsara Picasso, Grand C4 Picasso e C-Crosser, o primeiro SUV da Citroën fazem parte da gama atual Citroën.
Citroën no Brasil
PRODUÇÃO EM VERDE E AMARELO
Presente no país desde 1991 com a importação independente de veículos como o XM, Xantia e Xsara, em agosto de 2000 foi inaugurado no Rio de Janeiro o complexo industrial de Porto Real trazendo os mais altos padrões de sofisticação, acabamento, durabilidade, confiabilidade, conforto, desempenho e segurança. O primeiro veículo a inaugurar a linha de montagem foi o Xsara Picasso. Em 2003 o C3 também passou a ser fabricado no Brasil. Atualmente a fabrica também produz motores e veículos Flex para exportação para o Mercosul e Europa. A produção do C4 Pallas se divide entre as fábricas de Porto Real e Argentina.
Com capacidade inicial para produzir até 100 mil veículos por ano e gerando mais de 2.500 empregos na região, o parque industrial montado em Porto Real, envolveu um investimento de aproximadamente um bilhão de dólares. Em pouco tempo a região se tornou um importante pólo automotivo. Em dezembro de 2007 o Grupo PSA anunciou um investimento de R$110 milhões para produção de uma nova família de veículos. Este é o início de um projeto de U$500 milhões a serem investidos na América Latina e divididos com a unidade Argentina do grupo. Com o crescimento acelerado da Citroën no Brasil, em 2007 a fábrica passou a operar em três turnos aumentando o quadro de funcionários em 28%, somando um total de 3.170 funcionários. A meta desejada é a produção de 27 unidades/hora, consequência da contínua busca por melhorias nos métodos de manufatura e investimento na capacitação e treinamento dos funcionários. Outra conseqüência direta desse crescimento é a ampliação do volume de produção da fábrica de motores de 518 motores por dia para 620.
Fontes:
www.citroen.com.br
http://carros-envenenados.blogspot.com/2011/07/citroen-gt.html